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Planta polêmica vira medicamento
O primeiro medicamento de produção nacional derivado de Cannabis deve ser lançado pela Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica de capital 100% brasileiro. Há quatro anos, a companhia decidiu investir no desenvolvimento de um tratamento para epilepsia refratária – forma mais severa da doença –, antes mesmo da Anvisa autorizar a comercialização de produtos derivados de canabinoides no Brasil.
De acordo com o presidente da Prati-Donaduzzi, Eder Maffissoni, boa parte da disposição de entrar em uma área de regulação recente e ainda polêmica surgiu a partir da observação da necessidade de muitas famílias de pacientes com epilepsia refratária. A doença atinge cerca de 750 mil pessoas no País, a maioria delas crianças. O medicamento a base do extrato vegetal da Cannabis é capaz de diminuir em até 80% as convulsões – alguns paciente chegam a ter 50 crises em apenas um único dia.
Atualmente, não há no Brasil nenhum medicamento derivado de canabidiol disponível para o tratamento de epilepsia refratária. Para obter o produto, é necessário importar de outros países. O gasto mensal como tratamento pode chegar a R$ 4 mil. Devido ao trâmite custoso e burocrático, a maioria dos pacientes que sofrem com a doença não tem acesso ao medicamento.
Fonte: MarketFarma